Videos

terça-feira, 11 de outubro de 2022

"Idade está no corpo e não na alma", revela Fernando Frota

Escritor cearense estreia na ficção aos 66 anos com "Os homens daquela cidade"


Um fenômeno estranho acontece em uma cidade do interior e os homens ficam impotentes. Este é o pontapé inicial da obra Os homens daquela cidade, escrita por Fernando Frota, que aos 66 anos publica seu primeiro romance ficcional. Natural de Fortaleza, atualmente mora em Brasília e, além de dedicar-se a escrever livros, trabalha como professor universitário e palestrante.

Em Os homens daquela cidade Fernando traz como diferencial uma narrativa satirizada que possui algumas doses de mistério. De forma bem-humorada, o escritor faz críticas ao machismo e pontua sobre questões sociais e culturais da sociedade contemporânea.

Em conversa com Fernando, o autor conta sobre suas inspirações e as razões que o motivaram a trazer humor para seu livro. Confira:

Quando você começou a escrever?


Fernando Frota: Comecei a escrever aos 15 anos, devido, principalmente, a solidão de Brasília, quando cheguei aqui e deparei-me com o extenso Planalto Central.

Quais foram as suas inspirações para escrever “Os homens daquela cidade”?


F.F.: “Os homens daquela cidade” começou como uma brincadeira quando imaginei que, de repente, em uma erma cidade do interior acontecesse um fenômeno desse tipo. Ao mesmo tempo, a obra é uma crítica ao machismo.

Qual o maior desafio em publicar um livro de ficção aos 66 anos?


F.F.: O etarismo ainda é muito forte em pleno século XXI, ao mesmo tempo, eu vejo como um incentivo a todos aqueles que já passaram dos 60, para que produzam, façam, criem, aconteçam, pois, a idade está no corpo e não na alma. Quem sabe se com esse livro outras pessoas também se sintam encorajadas a tirarem seus planos das gavetas, seus sonhos dos armários da cabeça e mais portas sejam abertas para essas gerações dos 50, 60, 70,80,90, afinal, quem determina o limite?

De que modo sua carreira como professor universitário contribuí para sua escrita?


F.F.: Minha carreira como professor me auxiliou na criação de alguns personagens, nos diálogos, nos trejeitos. Afinal, a sala de aula sempre será um grande laboratório para o conhecimento humano de variadas formas.

Por que escolheu o humor para abordar o machismo em Os homens daquela cidade?


F.F.: O humor vem das minhas raízes cearenses. O cearense sempre acha que é engraçado. Procurei me divertir ao escrever o livro, foi tudo pura diversão. Lembro que em determinado momento eu parava de escrever para rir, para gargalhar, uma terapia.


Sobre o autor: Fernando Frota é Mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professor universitário e presidente da ABREI (Associação Brasileira de Educadores para Inclusão). Professor de língua portuguesa e literatura brasileira, ministrou aulas no IBMEC, Faculdade SENAC, FGV Brasília, Academia de Polícia Militar do Distrito Federal e outras instituições. Autor dos livros “O professor transformador: como podemos melhorar nossas aulas”, “O poder que você tem” e os “Homens daquela cidade”, ele também é romancista, contista, poeta e cronista. É palestrante há mais de 20 anos nas áreas de formação de professores e outros temas. Foi funcionário do Governo federal (Ministério da Agricultura) e do Governo do Distrito Federal (Codeplan).




Nenhum comentário:

Postar um comentário