Videos

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Você sabe Quais São As 4 Lesões Que Mais Acometem o Joelho?

Especialista em Cirurgia do Joelho e Traumas do Esporte Fala Sobre Elas e nos Ensina Como Preveni-las


Depois de muitos meses parados, o Universo Esportivo e as Academias, voltam com Força Total às suas atividades. Por isso, fica o alerta a respeito de um dos membros mais importantes do corpo quando falamos em mobilidade e responsabilidade pela prática da maioria das atividades esportivas; além de ser também um dos que mais sofrem lesões: -O Joelho.

Para explicar sobre as Quatro Lesões mais Comuns, seus Cuidados e Prevenção, chamamos o Especialista em Cirurgias do Joelho e Traumas do Esporte, Dr. Samuel Lopes, que lida diariamente com estes assuntos em seu consultório, consultorias e assessorias esportivas.

PRIMEIRA LESÃO – C ATIA PATELAR


Em primeiro lugar temos a campeã, aquela que mais traz pacientes aos consultórios, que é a C atia Patelar- explica o Dr Samuel Lopes.

A c atia é uma alteração da cartilagem da patela, que pode ser uma doença, um desgaste ou mesmo algum trauma ou uma lesão que o paciente sofreu. Logo, essa cartilagem passa a sofrer com um processo de degeneração progressiva e dolorosa.

É preciso entender que a c atia patelar muitas vezes faz parte de um complexo maior de uma síndrome dolorosa fêmur-patelar, que é um termo melhor para definirmos. Isso, porque muitas vezes não é só a c atia, ou seja, não é só a cartilagem que está comprometida, pode existir um quadro com outros fatores associados; biomecânicos, fatores musculares, fraquezas, contraturas e hipomobilidade.

E Como Cuidar Da C atia?

O Dr Samuel explica que é preciso ter aquele olhar preventivo e cuidadoso para com a cartilagem, com as atividades em excesso, com a carga de treinamento. E com a proteção cuidadosa, mas fundamentalmente, fortalecendo todos aqueles grupos musculares, corrigindo a postura, a biomecânica dos exercícios e nos esportes; seja corrida ou esportes que envolvam saltos ou mesmo os treinos na academia ou nos postos de Crossfit.

Essa é a dica para prevenção e cuidados para c atia patelar.


# SEGUNDA LESÃO – LESÕES DOS MENISCOS


Nossa segunda lesão é a campeã das cirurgias. São as lesões dos Meniscos. “A artroscopia de joelho é uma das cirurgias mais realizadas em todo mundo. E eu, como especialista de joelho, garanto que é uma das intervenções cirúrgicas que mais faço também”- diz o Dr. Samuel Lopes.

É preciso entender que existem dois perfis de lesões do menisco: As Lesões Traumáticas, que são associadas aos esportes e atividades de Trabalho, quando o paciente normalmente sofre um trauma torcional e esse menisco vem a se romper. Por outro lado, as lesões traumáticas associadas aos esportes são mais comuns nos pacientes jovens. E na maioria das vezes são lesões cirúrgicas.

E existem as Lesões Degenerativas, associadas aos pacientes mais idosos que vão sofrendo com o desgaste ao longo da vida e também por fatores associados, como; sobrepeso, obesidade, falta de exercício físico. É quando esse menisco fica mais sobrecarregado e por isso fica mais vulnerável.

É preciso entender que as lesões degenerativas evoluem muito bem com tratamento conservador (não cirúrgico), com trabalho fisioterapêutico bem feito, com trabalho de fortalecimento muscular e atividade física orientada. O educador físico também tem um papel muito importante nesse processo.

TERCEIRA LESÃO - ARTROSE





Vamos lembrar que a Artrose é uma patologia muito comum e acomete principalmente pacientes idosos acima de 60, 65 anos. Pode-se esperar que cerca de 80% das pessoas acima de 60, 70 anos vão ter algum sinal de artrose se fizermos uma radiografia.


Qual Que É O Grande Problema Da Artrose?

A Artrose é uma patologia que causa muitas limitações. São inúmeras limitações de movimento, limitações para a prática de exercícios e atividades do cotidiano como pequenas caminhadas, subir escadas, fazer movimentos regulares. Coisas simples como brincar com os netos ou ir até a igreja a pé como antes, passa a ser um desafio. Essas limitações, associadas ao quadro de dor é o que caracteriza a artrose.

E Como Tratar a Artrose?

Tratamos a artrose com exercícios, controle do peso e medicamentos, que são fundamentais no controle adequado da dor. Há casos que a cirurgia é o ideal, mas o mais importante é a prevenção, principalmente quando ela é feita ao longo de toda a vida, com a prática regular de atividade física e controle do peso.

O Dr Samuel ainda enfatiza: “- É preciso se cuidar, principalmente quando já se tem algum histórico de lesão meniscal ou uma lesão de cartilagem. É preciso se cuidar desde cedo e ter um objetivo, de longo prazo, de viver bem e ficar mais distante do risco de ter artrose.”


#QUARTA LESÃO - LCA


Para fechar, temos a nossa lesão de número quatro. Todo mundo que gosta de esporte, que gosta de reabilitação, conhece bem essa lesão. É a famosa LCA (Ruptura do Ligamento Cruzado Anterior), uma lesão que impacta muito a vida dos esportistas. Ela é muito comum em pacientes jovens; homens e mulheres e a partir de 15, 16 anos, já se observa uma crescente desses casos.

Qual É O Grande Problema Dessa Lesão?

O maior problema é que ela necessita um longo tempo de recuperação. E isso é complicado, por exemplo, para um jogador de futebol profissional que está no meio de uma temporada de jogos importantes. Ele tem de 9 até 12 meses para se recuperar completamente de uma lesão.

E Qual É A Função Do Ligamento Cruzado Anterior?


Ele é responsável pela estabilidade do joelho, estabilidade anterior. E uma vez que há uma ruptura do ligamento, é preciso buscar todos os artifícios para que haja a proteção e a estabilização do joelho e sua articulação.

E Como Se Faz Isso?

A musculatura é muito importante, mas só um paciente com uma demanda esportiva, ou um paciente mais jovem e que o joelho sofre com “falseios”, a cirurgia é o tratamento mais adequado. “-É o melhor tratamento que se pode oferecer na nossa rotina. E para prevenir é preciso tomar os devidos cuidados nos treinos: - treinos para bíceps, treino de equilíbrio, de força.”

E Como Se Prevenir Das Lesões Do Joelho?

É preciso fortalecer todos os músculos que estão ao redor do joelho, isso é fundamental para que haja uma proteção dessa articulação

Da mesma maneira um peso adequado é importante, pois ele gera menos sobrecarga sobre os joelhos. E para aqueles pacientes que já sofreram com alguma lesão, fazer esse trabalho e ter esses cuidados continuamente, idealmente sempre bem acompanhado de um profissional e o cuidado na execução dos movimentos, dos treinos esportivos, ou seja, quando se fala de joelho é fundamental estar sempre atento aos cuidados necessários, sempre fazer exercício físico regularmente e manter a musculatura forte e o peso adequado.

Havendo qualquer problema, procure o médico!



Créditos:

Dr. Samuel Lopes é Médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho. Membro efetivo da sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte.

Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Juiz de Fora – MG.
Reabilitação -Tratamento – Ortopedia – Medicina Esportiva – Saúde
Site: www.drsamuellopes.com.br
Instagram@ drsamuellopes
Canal Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCjyIdBIYxiFKYzGsm8wdbEg


***


Qual a importância da mobilidade entre idosos no período de quarentena?


Fisioterapeuta da Unicid alerta sobre a importância da mobilidade entre idosos no período de quarentena e apresenta dados de pesquisa

Drª. Mônica Perracini é professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de S. Paulo e está à frente da pesquisa Remobilize, que avalia o impacto do isolamento na saúde da pessoa idosa no Brasil

Especialista orienta para uma atenção aos idosos e às suas necessidades, mudanças no estado de saúde e que cuidadores os estimulem para a realização de atividades em casa

A professora do Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia Drª. Mônica Perracini, da Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid), instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, está à frente da Rede de Estudos em Mobilidade no Envelhecimento, projeto denominado Remobilize, o qual avalia o impacto da pandemia na mobilidade da pessoa idosa.

O estudo conta com a participação de pesquisadores de universidades de diversos estados do Brasil e é conduzido por meio de questionários on-line e entrevistas por telefone. Dados de pessoas acima de 60 anos foram coletados entre os meses de abril e junho e estão sendo avaliados por profissionais em processos organizados de três, seis e 12 meses após o primeiro contato.

“Terminamos a primeira fase da pesquisa, que foi a coleta de dados on-line de maio a julho. Nesse primeiro momento, temos a participação de 1.482 idosos em todas as regiões do Brasil”, explica a Drª. Mônica Perracini, que coordena o Remobilize.

Desse total de idosos, a fisioterapeuta revelou que o maior percentual de participantes está nas regiões sudeste e nordeste, 43.1% e 42.7%, respectivamente. Na região sul, o percentual é de 3.8, no centro, 3.5% e na região norte 6.9%.

“A pesquisa mostra ainda dados como: 73.9% dos avaliados são mulheres e 26.1% homens, dos quais, 62.6% moram em casa, 30.0% em prédio e 7.4% apontaram que moram em sobrado. Sobre mudanças de comportamento na pandemia, 46.9% dos idosos relataram que só saem quando inevitável e 29.3% estão completamente isolados. Outros estudos foram feitos, como a quantidade de horas que os idosos passam sentados e qual o percentual de participantes que têm dificuldade para dormir”, conta a Drª. Mônica.

Sobre o período de quarentena, a especialista alerta que devido à redução exponencial de atividades físicas, é primordial que a população idosa reconheça a importância da mobilidade no processo de saúde e qualidade de vida. Orienta ainda para que os cuidadores, atentem-se aos idosos, às suas necessidades, e que os estimulem para a realização de atividades em casa.

“A falta de mobilidade pode levar a um descondicionamento geral, mas principalmente neuromotor gerando maior risco de quedas e fraturas, declínio da força muscular e do equilíbrio. É importante manter as atividades, mesmo nesse período de pandemia. Exercícios caseiros são uma boa alternativa. Estamos avaliando comportamento, saúde, entre outros pontos a partir dessa pesquisa, e queremos chamar essa atenção”, argumenta Mônica.

No cenário geral, a fisioterapeuta aponta que idosos com um quadro de dor crônica, fadiga e doenças como diabetes, insuficiência cardíaca e osteoartrose, podem ter um declínio ainda mais acentuado da mobilidade devido a essa mudança atual de comportamentos e rotinas.

“A pandemia não traz consequências apenas físicas. Muitos idosos que moram sozinhos estão sentindo solidão e sofrendo de ansiedade por conta da incerteza do futuro e do fato de terem restringido as suas atividades sociais. Isso gera problemas de humor, distúrbios de sono que podem se somar aos problemas de saúde já existentes”, avalia.

Por fim, a especialista aponta que a mobilidade é um indicador da qualidade de vida na velhice e que mantê-la acima dos 60 anos de idade, é fundamental. Mônica avalia ainda que o acompanhamento dos idosos a partir do Remobilize, permitirá saber se os idosos irão conseguir retomar os níveis de mobilidade prévios a pandemia, e ainda identificar possíveis consequências negativas, permitindo desenvolver ações preventivas e/ou de reabilitação durante e após a pandemia.

Para saber mais, acesse: https://www.remobilize.com.br/


***

domingo, 1 de novembro de 2020

Insônia em idosos não é normal e é preciso investigar as causas



Especialista em gerontologia dá dicas para ter um sono de qualidade


Comum a partir dos 65 anos, a insônia atinge entre 5% e 10% da população idosa e, apesar de ser uma queixa comum na terceira idade, é preciso se atentar aos sinais que a rotina do idoso demonstra.

Diminuição da capacidade de concentração, aumento da sonolência ao longo do dia, ter o sono fragmentado e problemas de memória, estão entre os sintomas que podem ser ocasionados pela insônia. Segundo Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia, esses sinais além de acusarem problemas no sono deixam o idoso mais suscetível a riscos como quedas, acidentes e lapsos durante atividades rotineiras. “Muitos deles acham que é normal acordar no meio da noite e não conseguir mais dormir, outros atribuem as várias idas ao banheiro como o ladrão do sono. Por isso é fundamental o familiar ou cuidador observar esses tipos de comportamentos nos idosos”, afirma.

Para quem se preocupa em cumprir as famosas 8 horas diárias de sono para manter a saúde e disposição em dia, um dado curioso aponta que conforme envelhecemos o tempo necessário de sono para um descanso efetivo diminui. “É importante saber como esse idoso passa seu dia e como está sua disposição. Nos casos recorrentes de noites em claro e cansaço extremo é necessário a consulta médica. Algumas vezes a insônia pode estar sendo provocada por efeitos colaterais de medicações que a pessoa ingere diariamente. Pacientes com diabetes, doenças cardíacas, ansiedade e depressão também estão mais propensos a sofrer deste mal”, complementa a especialista.

Outro ponto de alerta é o uso de medicamentos para induzir o sono. “Em hipótese alguma o idoso deve se automedicar, mesmo com fitoterápicos. É preciso antes identificar a causa da insônia”, diz.

A especialista em gerontologia dá algumas dicas para estimular um sono de qualidade:

- Praticar exercícios físicos, se possível ao ar livre, ao longo do dia. A luz solar durante o dia ajuda a estimular o relógio biológico para induzir ao sono na hora de dormir.

- Evitar sonecas profundas ao longo do dia.

- Dar preferência para refeições leves na hora do jantar.

- Evitar a ingestão de café ou outras bebidas com cafeína ao anoitecer.

- Ter uma rotina de horário para deitar e se levantar.

- Deixar o ambiente totalmente em silêncio, confortável e baixa iluminação facilitam o estímulo ao sono.
***